segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Homenagem ao centenário de Nelson Rodrigues(Flica 2012)


Ninguém hoje escreveria como Nelson. Sim, é o óbvio ululante, assim só nasce um, pode até nascer outro do mesmo quilate, mas será diferente. Não é só: o pós-moderno é muito estéril para aceitar uma prosa semelhante a de Nelson Rodrigues. Aceita dele a biografia literária porque é impossível lhe negar os muitos méritos, mas outro Nelson seria afogado pelo primeiro carimbo terminado em “ista” da turma certinha.
 Canalhas não podiam existir (admitidos) antes de Nelson, muito menos são admissíveis após Nelson. Só com ele, por causa dele, a canalhice de cada um e de todos ousou se livrar de camadas de véus. A Flica 2012 presta reverência a esse ousado ímpar, bendito maldito, trazendo sua filha Sonia Rodrigues e uma de suas mais profundas e capazes admiradoras, Adriana Facina. Que o tempo de Nelson, por ele marcado, véus retirados, possa voltar, pelo menos nas duas horas dessa mesa-homenagem.
Flica.com

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